A resposta é ambos, por motivos distintos e possivelmente em momentos diferentes.
Uma das características de um coach profissional é o comprometimento com seu desenvolvimento contínuo. Trata-se de um processo que se inicia com uma formação sólida e que tem continuidade em 3 pilares distintos.
Um primeiro pilar diz respeito a aquisição de novos conhecimentos e ampliação do repertório técnico, que se dá basicamente através da participação em cursos especializados e em eventos de desenvolvimento profissional. O mercado de coaching profissional oferece uma grande variedade de programas nesse sentido e o desafio é justamente a seleção e a escolha de eventos de qualidade. Um bom critério pode ser optar por cursos que contam com uma certificação independente e de reconhecida qualidade e solidez, como os certificados oferecidos pela ICF (International Coach Federation), (www.coachfederation.org).
O segundo pilar corresponde a Mentoria. Nesse caso, vou me restringir ao conceito de Mentoria em Coaching utilizado pela própria ICF, que define “Mentor Coaching” como um programa de coaching e feedback baseado num processo colaborativo, apreciativo e dialogado, que se utiliza de sessões de coaching observadas ou gravadas, como forma de desenvolvimento das habilidades técnicas de um coach, de forma alinhada com o Modelo de Competências Principais em Coaching adotado pela própria ICF. Através deste tipo de abordagem, um coach, ao trabalhar com um coach mentor qualificado, tem a oportunidade de ampliar seu conhecimento a respeito das competências principais em coaching, integrá-las em sua prática de coaching profissional e, ao mesmo tempo, se preparar para o processo de credenciamento (alguns preferem o termo acreditação ou mesmo certificação) junto a ICF. Neste processo, são exigidas 10 horas de mentoria num período não inferior a 3 meses, com um mínimo de 3 horas de forma individual e de até 7 em grupo.
O terceiro pilar é a Supervisão em Coaching. Na sua essência, trata-se um meio de aprendizado baseado em reflexão e muito poderoso, ainda que complexo e simples ao mesmo tempo. Através da supervisão, um coach poderá explorar seus processos internos como coach, seus eventuais “blind spots”, possíveis questões éticas, incômodos e/ou inquietações no relacionamento com clientes, dúvidas sobre como proceder em processos específicos e, de forma geral, ampliar seu conhecimento e sua consciência a respeito do coach que é e quer ser. Na supervisão, o coach e seu supervisor criam um espaço seguro e colaborativo de aprendizado baseado em reflexão sobre a experiência e a prática de coaching trazidas pelo coach (sucessos, fracassos, dúvidas) de forma que este aumente sua consciência a respeito de quem está sendo como coach, visando beneficiar os seus clientes a partir desta nova consciência. Trata-se de uma prática extremamente eficaz para desenvolvimento contínuo por ser um espaço para exame e reflexão do próprio trabalho!
Para coaches que já contam com uma credencial da ICF (ACC – Accredit Certified Coach, PCC – Professional Certified Coach e MCC – Master Certified Coach), horas de mentoria e/ou supervisão contam como créditos de educação continuada, necessários para a renovação trienal da credencial.
Então, do que você precisa nesse momento: Mentoria ou Supervisão?
Rodrigo Aranha, PCC
rodrigo@cw4u.com.br